Qairan Elim: relembrando o passado e sonhando com o futuro da Nação

A independência do Cazaquistão e a resiliência das papoulas 



O Cazaquistão está celebrando seu principal feriado nacional hoje - o Dia da Independência, há cerca de 29 anos o país se tornou um estado soberano depois que o Conselho Supremo adotou uma lei sobre a independência do Estado do Cazaquistão em 16 de dezembro de 1991. O processo pacífico destacou o país como a única república ex-soviética a não cair em uma guerra civil na ausência do controle russo.

O Cazaquistão emergiu como um estado independente e embarcou no caminho das transformações pós-comunistas em circunstâncias extremamente difíceis. A economia soviética herdada estava em “queda livre” e o jovem país independente enfrentava a séria tarefa de realizar a reforma econômica e construir um novo Estado. A escassez crônica de capital, a destruição da rede comercial existente e a dificuldade de adaptar as empresas e estruturas soviéticas às condições do mercado levaram a uma profunda recessão na economia do Cazaquistão e dos países vizinhos.

Atravessando todas as adversidades e obstáculos que foram surgindo no caminho, tal como as papoulas que crescem selvagens nas estepes, o país não só sobreviveu como prosperou e floresceu.



Assim como o povo cazaque, as papoulas são conhecidas por florescer até nos piores cenários. Nem mesmo os invernos congelantes, guerras, secas ou a ferida aberta dos testes nucleares no Semipalatinsk são capazes de parar tão resiliente flor, assim como não foram capazes de parar o Cazaquistão.

Qairan Elim

O ano de 2020 trouxe novos desafios e presenciamos o mundo parar diante uma epidemia de proporções jamais vistas. Trazendo um tom mais emocional, melancólico e contemplativo, a música “Qairan Elim” é como um vislumbre da mente de Dimash, onde ele compartilha suas experiências pessoais, sua ansiedade sobre o destino de sua terra natal e o mundo inteiro. 

O compositor Renat Gaissin diz que sua inspiração veio em julho, ao rolar o feed de notícias. A cada notícia lida, os sentimentos do compositor se tornavam cada vez mais insuportáveis - eles, como relatos da guerra, eram preenchidos com informações sobre o número de novas pessoas infectadas e mortas devido ao coronavírus. O kobyz, instrumento ancestral ligado a representações da própria alma do músico, foi livremente adicionado durante a gravação do MV.

      Assim como o refrão, nós do DKFBC também desejamos felicidade e prosperidade ao Cazaquistão e ao mundo. Que possamos novamente nos reunir e reconstruir quando tudo isso passar, e que o futuro seja cada vez mais brilhante.


Oh, minha Terra Sagrada!


Mesmo que as lágrimas tenham tocado seus olhos,

Você não precisa esconder seus sentimentos.

Com amor por você minha pátria,

Eu rezo pela paz na terra!

 

Qual é o significado da vida sem provações?

Dificuldades temperam,

E o temperado não se quebra ...

Mas só o tempo vai curar tudo ...

 

Refrão:

 

Oh, minha terra sagrada,

Eu oro por apenas uma coisa -

Que seu coração bata para sempre.

 

Que todas as tristezas e sofrimentos sejam esquecidos,

Deixe o sol e a lua brilharem para sempre.

Que haja alegria em cada casa e riso das crianças ecoem,

E desejo prosperidade para todo o mundo!


Comentários

  1. Muito grata por essa informação. O trabalho de vocês é incrível :)

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  2. Emocionada com tanta história de luta que tem esse país.....tocada..... parabéns a vocês por trazerem ao conhecimento público essa riqueza de história cazaque. Fiquei curiosa sobre a música Daididau, e quando li sobre o sofrimento do escritor, não parei de chorar, as lágrimas caíram dos meu olhos ......linda e sofrida a história desse povo que Dimash quer levar ao conhecimento do mundo.....

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